"Aqui jaz um grande poeta. Nada deixou escrito. Este silêncio, acredito, são suas obras completas."
(Paulo Leminski)
Calo-me não por arrogância,(Paulo Leminski)
mas pela sutileza de saber que não há mais o que falar.
Não sei mais o que trazer a essas linhas tristes,
brancas e livres dos poemas que construo.
Calo-me temporariamente do lirismo tardio,
da revolução interrompida por falta de companheiros,
da morena que não apareceu, do inconsciente que adormeceu
e do infundado senso crítico.
Calo-me para o mudo, para o surdo,
para o mundo e para mim.
Calo-me, mas não paro de deixar mensagens.
O silêncio é uma greve.
Não é preciso escrever o poema para que ele exista.
O poema é magia, é sentimento.
E palavras são palavras.
Palavras são formalidades.
Thiago Assis F. Santiago
www.twitter.com/euthiagoassis
às vezes é importante calar e ouvir a voz do silêncio.
ResponderExcluirNa boa, pra mim é questão de interpretação: Quando alguém fala besteira e merece uma boa resposta, o silencio dói mas do que um sermão. No entanto quando alguém merece um grande presente o silêncio pode valer muito também..
ResponderExcluirAbç.
"Calo-me não por arrogância,
ResponderExcluirmas pela sutileza de saber que não há mais o que falar."
Me calei por um tempo,acho que foi preciso,o silencio faz bem!
=*
Não gosto de silêncio
ResponderExcluirLembrei de uma canção:
ResponderExcluirPIERROT
(Marina Lima)
Sim, eu resolvi me ausentar
Para ocultar a minha dor
Fugi, menti
Talvez por pudor
Desde então tanta coisa aconteceu
Que eu parei prá melhor pensar:
Voltei prá te dizer o quanto eu senti
Não te beijar
E a vida segue, sempre nesse vai e vem
Que não passa das ondas do amor
Gira, roda
Como um pierrot
Eis que um dia aquela bela casa cai
E não há mais como negar:
Voltei prá te dizer que aqui no meu Brasil
Outra flor não há
Aqui: cada cidade é uma ilha, sem laços, traços, sem trilha
E o medo a nos rodear
Então: bem vindos à minha terra feita de homens em guerra
E outros loucos pra amar
E tem sido assim, desde que o mundo é mundo
Os homens temem a paixão
Ela fere, ela mata
Tal qual um dragão
Enfrentar ainda causa tanto medo
Mas fugir é bem pior:
Voltei prá te dizer que nessa guerra
Não há vencedor
Aqui: cada cidade é um porto, disse o poeta prum broto
Que não queria arriscar
Vem, bem vindo a minha terra, feita de homens em guerra
E um outro louco prá amar
Eeei, tem selinho pra ti la no blog ^^
ResponderExcluirSilêncio também pode ser poesia. :D
ResponderExcluirAs palavras são detalhes...
ResponderExcluirTeu silêncio é barulhento.
Gosto muito de Paulo Leminski.
ResponderExcluirVou confessar o que o melhor escritor de poemas que mais leio é você. Sério, você é muito bom!
Ha Thiago,estava com saudade dos seus poemas.
ResponderExcluirNem sempre são as palavras que dizem!
ResponderExcluirSe faz necessário ouvir o silêncio.
Beijão =*
Oi Thi
ResponderExcluirComo vc tá?
Acabei voltando
Enqto não acho algo legal pro meu canto fico por aqui..
E vc..
Como vão as coisas..
Parabéns pela qualidade das suas palavras!
Beijo!
Olá Thiago,
ResponderExcluirA muito tempo não venho aqui, e talvez você nem se lembre mais de mim, porem as suas poesias são inconfundiveis.
Esta ultima, tem tom de morte, tom de adeus... Delicado e legal (y).
Como vai a vida?
PS: voltei a escrever... Sinta-se a vontade =]
Até mais^^
Nossa, adorei o seu poema! Perfeito! Além disso, me identifiquei com as palavras encontradas aqui.
ResponderExcluirAbraços!
Achei teu poema cético, mas bonito!
ResponderExcluirum abraço Thiago.
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