terça-feira, 5 de julho de 2011

Atípico

Já escrevi mais.
Já escrevi melhor.
O protótipo de poeta aqui,
caro leitor,
se sente mal.
Uma fase ruim,
diante da arte
de fingir que sente.

Queria voltar a escrever.
Queria escrever mais.
O protótipo de poeta aqui,
caro leitor,
tem o quê dizer,
mas já não sabe como.
Já não sabe se...
deve.

Eis que há um turbilhão,
que outrora geraria emoções,
mas agora é branco.
Vazio.
O protótipo de poeta aqui,
caro leitor,
não sabe o que fazer.
Não sente.


Thiago Assis F. Santiago
www.twitter.com/euthiagoassis

4 comentários:

  1. Mesmo quando não sabe o que escrever o poeta escreve e sente.
    É o teu caso, porque a alma de poeta está lá, inevitavelmente. Quando não existem palavras, existem silêncios e até esses são poesia!
    =)

    Abraço

    Novo blogue em:

    www.rabiscosincertossaltoemceuaberto.blogspot.com/

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  2. É o mal dos escritores quando estão com mais de duas décadas de vida, sofremos um apagão, mas não se assuste, é nesse momento que descobrimos a verdade: não somos poetas coisa nenhuma.

    rs, beijos!
    tudo isso passa.

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  3. Fingir que sente...
    Mas, já disse a Pessoa do Fernando, que o poeta é um fingidor.

    Brancos virão, novas cores irão surgir... Mas a arte está latente em você. A gente pode sentir nas tuas palavras...

    Olha, tenho sentido sua falta na minha fábrica, viu... Apareça. As portas estão abertas!

    Um beijo meu...
    Milla Borges

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  4. Estou nessa fase, escrevendo confuso, não sabendo ao certo o que dizer. Parafraseando Luna, se eu pudesse converter em palavras, eu diria...
    Abração

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Por favor, se for para comentar apenas Bom texto, passa no meu blog nem se dê ao trabalho.

Conto com a compreensão de vocês quanto a isso, pois creio que não gostam quando isso acontece em seus blogs.

No mais, obrigado pelo comentário.