Toda essa seriedade está me matando.
Parece até que o esclarecimento
trouxe consigo a melancolia.
O pão que não me falta
toma o espaço do circo essencial.
Descontração, paixão, mudanças.
Toda a estabilidade intelectual
atinge a felicidade de modo covarde,
excluindo do meu ser a sabedoria de brincar.
De sorrir.
Belos tempos aqueles de brincar com o pai,
de jogar bola com os amigos,
de se apaixonar perdidamente
(e no instante seguinte desapaixonar).
Nostalgia.
Lances de risos e de beijos.
Toques de amor e de ódio.
Jogos de sorte e de azar.
As preocupações dominam.
As responsabilidades destroem.
Saudade dos sorrisos fáceis.
Será tão dificil assim
conhecer como funciona o mundo
e ainda assim ser alegre?
Alegria plena?
Sabe-se lá...
Thiago Assis F. Santiago
www.twitter.com/euthiagoassis
estou no mesmo barco, mesmíssimo barco. ah, é a idade que chegou e trouxe junto essas mudanças melancólicas e confusas... quanta responsabilidade, quanta coisa desabando e a gente tendo que sorrir a elas e recomeços e erros e acertos. é complicado... mas é a vida.
ResponderExcluirE essa nostalgia toda é a maior prova dessa nossa nova fase!
Adorei
e me identifiquei muito
;*
Isso me deixou triste. :(
ResponderExcluirDe qualquer forma, um abraço. @AnonimoFamoso. :)
Acho que é por isso que quando crianças, dizíamos que não queríamos ser adultos. E a justificativa era que "adultos são chatos".
ResponderExcluirAdultos realmente são chatos, porque tanta responsabilidade e preocupação tiram o gosto e o riso da felicidade fácil.
Me lembrou
ResponderExcluir" Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas." (...), de Drummond
Nostalgia é sinônimo de Itabira
"Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!"
A saudade dói, mesmo
abraços